Ah! Os estereótipos... (RC)

Eu estava pensando, pensando… como de costume, aliás, pois não consigo parar de pensar! rsrsr! E lembrei-me da frase do Sr. Pedro Bial, que logo logo voltará a telinha pelo menos seis vezes por semana para apresentar o BIG BROTHER BRASIL (prometo falar disso uma outra hora), que diz:

“BRINQUE DE SER SÉRIO, MAS LEVE A SÉRIO A BRINCADEIRA”

Posto isto lembrei-me imediatamente da primeira vez que o vi ao vivo. Eu obviamente não sabia quem ele era, mas me chamou a atenção por ser um homem muito alto, bonitão, dentro de uma vitrine de uma loja do Leblon (bairro da zona sul do Rio de Janeiro). Ele estava “dentro” da vitrine, declamando poemas e versos, e sendo filmado. Fiquei ali alguns minutos observando e fui para casa.

Logo depois soube que era um autor, um escritor, e fazia parte de um grupo chamado Os Camaleões (o trio recitava poesias em bares do Rio de Janeiro). Gente! isso tem mais de 20 anos! Tá bem, lá vão vocês fazerem contas! Não o façam

E assim, conclui, de novo!, que minha essencia não mudou.

Sempre estive antenada com cultura e artes. Ia a pecas de teatro sozinha, sem me incomdar. É curisoso lembrar. Lembro também que pedia a minha mãe que me desse livros para ler, e que eu pegava sempre os da vizinha, emprestados. Lembro que eu era moleca de brincar no meio da rua, de bola, de pique, mas usando lindos vestidinhos curtos… Lembro-me que sempre defendi minha irmã, e saía no tapa com meninas ou meninos se fosse preciso; e sempre fui a intercomunicadora entre meus pais…

E falando de essencia, de idade... tenho o mote para encaixar o artigo que vem logo a seguir da Lya Luft. Que durante uma Palestra viu-se surpreender a todos com a revelação de sua idade (é por isto que não revelo a minha...), a despeito de todo o mais – e imagino o quão mais importante era – que dizia até aquele ponto! Ora! É o estereotipo de novo!

A minha essencia nunca deu ouvidos aos estereótipos. Ainda bem. Fui a vida toda a "menor da sala". E dai? O que que isso tinha de tão importante? Mas sempre que podiam, isso era ressaltado! O que fiz com isso? Nada! Ri por dentro a vida toda! Nunca me senti "menor". Hoje, costumo brincar que se tivesse 1,80 m seria "insuportável" de tão "perua" e tão "dona de si". O Criador sabia o que estava fazendo ao economizar-me o tamanho! Porque senão, eu não seria quem eu sou. E, sinceramente, gosto de quem sou. Defeitos? Tenho-os, é claro! E ainda bem! Pois sou imperfeita e inacabada, e como diria Buda sou “impermanente”.

Por que que todo gordo tem que ser divertido?
Por que toda baixinha tem que ser menor?
Por que toda mulher bonita só pode ser bonita?

Por que a mulher tem que ser mãe?

Por que? Por que?

Por que a pessoa inteligente, a estudada, a catedratica, não pode ser vaidosa?

Por que a pessoa feia – em contrapartida a bonita-e-burra – é sempre inteligente (“ah! Mas ela e inteligente!” Logo dizem!)

Por que o magro tem que ser fraco?

Por que o filho deve se parecer com o pai?

Por que quem usa óculos é CDF?

Por que o céu é azul?

Por que tudo TEM que ter um porquê?

Quero ser livre! Dos estereótipos!

Amém!

(RC)

POST RELACIONADO:
- "Hoje, voce é a mesma pessoa que era antes?", Jul 2009
-"Lya Luft: A fonte da juventude chama-se "mudança".", Out 2009 

Para saber mais sobre PEDRO BIAL e OS CAMALEÕES acesse:
- Pedro Bial, Revista Isto É
- Claufe Rodrigues, Poeta de Os Camaleões
- Pedro Bial, "o-poeta-do-big-brother"