Este ano comemorou-se 40 anos da morte de Antoine de Saint-Exupéry , escritor de O PEQUENO PRÍNCIPE, no original: Le petit prince.
Este livro virou piada na década de 70 quando eram famosos os Concursos de Miss e todas elas ao serem perguntadas que livro teriam lido, elas respondiam: “O Pequeno Príncipe”.
Mas O Pequeno Príncipe está longe de ser uma piada, ou livro destinado a somente Misses da década de 70, tampouco um livro infantil. Tudo bem se as criancas o lerem, mas acredito que, nós, adultos, é que devemos ler e ver o Carneiro através de sua caixa...
Para mim, o livro fala de comprometimento. Também fala o quanto nos preocupamos com números (quando conhecemos alguém, logo perguntamos a ele: quantos anos tem? quantos irmãos? quanto você ganha? Quanto tempo leva para chegar ao trabalho? quanto tem no Banco? quantos quartos tem sua casa? E não se pergunta: você é feliz? o que sonha? o que te deixa contente? quer ser meu amigo?
O diálogo com a Raposa é antológico. Sim, ele fala especialmente sobre amizade e amor... de como ele tornou-se único para a Raposa (sei de cor essa parte!): “Tu não és para mim senão um menino igual a cem mil outros meninos, mas se tu me cativas, serás único para mim no mundo (...) o trigo para mim nada significa, mas agora que me cativastes, ele me lembrará você, por causa dos teus cabelos...”.
E a Rosa? Ele tinha uma em seu planeta: soberba, linda, cheia de truques; e ele a amava como única. Tamanha então foi sua surpresa quando descobriu que havia centenas de milhares delas em outros planetas! Mas a rosa dele, depois confirmou, também era única, única para ele, pois “foi o tempo que dedicastes a tua rosa que a fez tão importante”.
O Natal esta chegando e a “Era do Gastar Concentido” também.
Que tal ao invés de comprar por comprar “aquela lembrancinha” que você “tem” que dar a alguém, você não compra o Livro do Pequeno Príncipe? Sim!
Ademais “é o tempo (ou motivo) dedicado ao “algo” que faz esse “algo” tão especial! Minha irmã que o diga! Não gosta desse meu estilo de presentear, mas costumo faze-lo de modo que a pessoa receba algo que gostaria de ter (ou precisaria ter) mas jamais compraria! Ui! Um dia dei-lhe um guarda-chuva lindo: verde musgo de bolotas pretas! Ui! Ela nunca usou, mas ele ficou lá em casa durante anos, e serviu a muitas outras pessoas que ali passaram.
O que estou dizendo é que não importa tanto valor da coisa, mas o motivo e/ou a labuta empenhada nela. Exemplo? Minha home maid: minhas duas filhas fizeram aniversário no mês de Outubro. E no dia de cada uma ela fez um lindo pacote de presente, e dentro tinha para a primeira: nuggets de frango com saquinhos de catchup! isso mesmo: nuggets! pois sabia que era o que ela, Mabi, mais gostava de comer! e para a segunda, Gabi, deu um DVD do Tom & Jerry em tailandês! Ponto para minha cão-de-guarda K. Moi!
Tenho um monte de amigas magrinhas ai no Brasil e aqui na Tailândia as moças são 89% (para não exagerar) magrinhas, e as roupas à venda são minúsculas. Eu olho para cada vestido e lembro de acada uma delas…. E quero comprar todos! (estou levando alguns , claro!… rsrsrs). Para minhas filhas não estou levando nada, e não pretendo comprar nada no Brasil. Já pedi a minha mãe que não faça excessos, que basta UMA boneca para cada uma (elas querem a Miracle Baby!) e SÓ! E para o garoto, também: apenas UM presente!
Beijos, e boas compras!
(RC)
NOTA IMPORTANTE: É preciso que se alerte que para algumas pessoas o Pequeno Príncipe fala de culpados sem inocentes, de relacionamentos opressores e egoistas - mas evidentemente estou longe dessa visao terrível de um principezinho tão lindo! Quem tiver curiosidade, por exemplo, pode ler um crônica da Fernanda Young (a quem adoro) onde ela escreve Para o Pequeno Príncipe. Se quiser ler o livro original, ou mesmo enviar o link a um amigo, clique aqui .
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