10-10-10: O TEMPO DE CADA DECISÃO


“Em um depoimento bastante pessoa, a escritora e jornalista especializada em negócios Suzy Welch, mulher de Jack Welch, conta como percebeu que não tinha as rédeas de sua vida para então mudar seu modo de tomar decisões, pensando em quais seriam as consequencias de cada opção em 10 minutos, 10 meses e 10 anos.”

Assim intitula-se a matéria que li na REVISTA DA TAM enquanto viajava para o Brasil e minhas crianças (obrigada) dormiam.
Caiu-me como uma luva, posto que já adotava o método (como já contei aqui) sem saber que ele existia. Explico melhor: sempre que preciso decidir algo importante (as vezes nem precisa ser importante) penso nas consequencias daquela escolha, e então isso me ajuda a resolver a questão.
Por exemplo, quando se aproximava o Natal & Ano Novo, e a perspectiva para ir ao Brasil visitar amigos e família estava prevista apenas para o mês de Julho seguinte... pensamos e poderamos que:
- seria o primeiro Natal das crianças longe da familia, do Brasil, e da fantasia do Papai Noel (que alimento com gosto na vidinha deles) – porque aqui, também como já contei, por serem eminentemente Budistas, pouco se vê ou se fala em Natal-Cristo e/ou Papai Noel nessa época do ano;
- nossos pais (tanto minha mãe quanto meus sogros) já estão idosos, a viagem para cá é puxadíssima (confesso: você sai na sexta-feira e chega no domingo...) e não tínhamos certeza se eles viriam para cá;
- encontrando minha mãe bem, traríamos ela para uma temporada por aqui e ela me ajudaria na volta (pois, lembrem-se, viajei para o Brasil sem o marido... sozinha com os tres... vocês viram a FOTO DA SEMANA que publiquei na época?)
- um Natal & Ano Novo sem o pai seria UM Natal & Ano Novo, enquanto podemos contar com um futuro cheio de anos pela frente para estar juntos...
- etc.
E então, dizer sim para os dez minutos seguintes era muito mais importante doque esperar por consequencias em dez meses (quando já estaríamos de volta ao Brasil, mas os amigos e a familia, com mais de um ano sem nos ver) ou em dez anos, quando estariam os nossos velhos com mais de 80 e 90 anos...

´´Todos os dias, nos deparamos com dilemas, grandes e pequenos. Alguns se resolvem com relativa facilidade e não trazem maiores complicações. Muitos outros, porém, nos bloqueiam; não encontramos solução rápida para eles, que podem realmente causar ´´danos colaterais´´ a pessoas ou projetos que nos são caros.´´ - conta Suzy Wech. ´´Foi quando descobri, para minha grande tristeza, que a vida estava vivendo por mim, quando eu deveria estar vivendo a vida.´´
´´Para corrigir a situação, comecei a mudar minha forma de encarar as decisões.´´ – ela diz – ´´Em vez de reagir diante de cada uma delas com uma mistura daquilo que chamo de ´´I&C mortais´´ - isto é, instinto e culpa -, adotei uma atiitude proativa. Em primeiro lugar, eu definia a pergunta a ser respondida. Depois, examinava todas as opções possíveis, não apenas as evidentes ou as mais convenientes. Em seguida, pensava em quais seriam as consequencias de cada uma das opções em 10 minutos, 10 meses e 10 anos.´´

Se você gostou do tema, o Livro que Suzy Welch escreveu já foi editado no Brasil.
Afinal, a hora é essa! Não estamos no ano ´´10´´???!!!
(RC)

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