LEITURA DINÂMICA? NÃO... LEIA COM CALMA.... (RC)


Quando estivemos no Brasil em dezembro, trouxe algumas revistas ´´em português´´ para ler, saber o que estava rolando por lá e distrair também, claro! pois ninguém é de ferro! Depois, minha sogra e cun-cun enviaram algumas Revistas Veja (Editora Abril), e mais recentemente, minha irmã também nos remeteu um monte de revistas sobre Carnaval, fofocas, e, claro, Revistas Exame, Veja, e afins.

Aliás, não gosto muito de Revista na internet, apenas o faço quando já escolhi a matéria (como faço no BLOG, apontando o link especifico, por exemplo). Gosto de ler a revista ´´de papel´´, ainda não me acostumei com a ´´revista virtual´´, como se fosse “a” revista... e agora então que tem o ´´i-book´´?? Acho que estou mesmo velha!

Abro um parenteses para contar dois episodios: tenho uma amiga foférrima, queridinha toda vida, em Sampa, casada com um homem “bem” mais velho que ela. Quando nos conhecemos, ela para explicar o relacionamento me disse: ´´ele é muuuuuiiiiito mais velho que eu, muito velho´´. E ele só tem uns dois anos a mais que eu, suponho. Ao que eu respondi imediatamente: ´´então sou mesmo muito velha´´, e ri muito, porque até hoje brinco com ela de que sou ´´muuuuiiitooo velha´´. ELA QUE ´´É´´ UMA GAROTA! E hoje, a minha outra amiga daqui, foferezima também, contando um caso da época que morou em Shangai, disse que conheceu uma ´´senhorinha de seus 45 anos´´! Como assim?? “senhorinha”!!!!!!! Quão velha eu sou então?????? Mas a ela fiquei com preguiça de responder... snif snif... ou... me reconheci ´´senhorinha´´...???? Socorro!!!! Nãooooooo!!!!

Alooooooo! Sra. Renata! Volte para o que estava contando, por favor!

Pois bem, assim, pude ler algumas crônicas da Fernanda Torres (ela está escrevendo para a ´´Veja Rio´´). Em 15 de abril de 2009, a intitulada ´´BOSSA NOVA´´, falava dos tempos em que ´´eramos felizes e não sabiamos´´ (bem... vocês sabem... não eu... que nem era nascida! rsrsrsr!). Bem, melhor reproduzir parte do que li aqui:

´´Talvez só no curto espaço de tempo em que durou a bossa nova as pessoas tenham sido despreocupadamente felizes. Pense bem. A II Guerra havia acabado e a Guerra Fria ainda não mostrava os dentes. Não havia ditadura militar. A tragédia social era contornável. Fumava-se alucinadamente sem se medirem as consequências. Bebia-se muito também, até cair, e ninguém acusava ninguém de ser bipolar. Não se falava em câncer de laringe ou cirrose hepática. Entrar na fossa nada tinha a ver com depressão. Já vigorava o desquite e não existia a aids. Todas as maleitas sucumbiam diante do poder de um bom antibiótico. Não se estava nem aí para o hábito de comer carne vermelha temperada com hormônio ou salada de agrotóxico. Não se falava em tragédia ecológica. O Polo Norte ainda existia. Angra dos Reis não tinha usina. Ligava-se a água do banho e ia-se falar ao telefone. O comunismo triunfaria em um futuro próximo e os problemas burgueses tinham enorme relevância. Envelhecia-se sem injeção de Botox e a psicanálise era saída para todas as desilusões. Ah... Era uma maravilha viver na santa ignorância dos anos 50.´´

Lendo mais crônicas dela, essa agora intitulada ´´O TEMPO E O VENTO´´, (de 23/12/09) vejo que realmente é imporante oferecer material, ofertar livros, quadrinhos, o que mais for possivel, as crianças para apresentar-lhes o gosto da leitura. Algumas sentirão o bom sabor, para outras, o gosto será azedo e não o desejarão mais... minha irmã gostava de ´´ver as figuras´´´... acho que tinha preguiça de ler... eu já gostava de ler desde pequena.

Lia pequenas enciclopédias infantis, livros que ganhava da minha mãe (não eram muitos) e livros que pegava emprestado com a minha amiga vizinha... e um desses que me marcou foi A BOLSA AMARELA (de LYGIA BOJUNGA, Ed. CASA LYGIA BOJUNGA). Vou tentar achar esse livro para os meus filhos quando for visitar o Brasil da próxima vez.

Lia também livrinhos de bolso, de Orígenes Lessa...

Os Clássicos... esses eu não li não... quando começaram a ser obrigatórios da escola... não tive interesse. Mais tarde a vontade de ler voltou. Ia a livraria e comprava sem saber quem era o autor... sobre o que era a história... etc. As vezes comprava pela capa (sim, pela capa). Quebrei a cara poucas vezes... e assim conheci o moderno (para mim moderno, especialmente a época em que o li pela primeira vez): RUBEM FONSECA, e amei o jeito dele escrever!

Minha menina de 6 anos esta lendo em inglês (e português), direitinho. Ainda se enrola, um pouco, é claro! Mas ela troca qualquer brinquedo ou brincadeira para ´´trabalhar´´´como ela diiz (pintar, escrever, ler, desenhar, fazer dobraduras, etc) – as vezes é tanto que tenho que mandar parar! Pode?
Aqui em casa todos gostam de ler e escrever. Até o pequeno de 2 anos “finge” que lê: olha para as letrinhas e vai dizendo os nomes...

Costumo dizer que o anzol, a linha, o lago, tudo isso daquela velha história de ensinar a pescar, eu dou. O que vão fazer com isso, so cabe a eles decidirem... e eu, tenho que ficar a beira do lago, esperando, olhando, para ver ser o peixe e fisgado!

Se quiser outra crônica de Fernanda Torres, ´´INSÔNIA´´, clique aqui.
(RC)

5 comentários

  1. É verdade. Eu sempre fui rata de biblioteca. Velhos tempos , né? Estimulei meus filhos lendo histórias, comprando livros, etc.. Engraçado, o mais velho é apaixonado por leitura, o mais novo não. Vai entender, né? Bjss

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  2. Oi Amiga,
    Xiii, acho que me vi na estória de Shanghai...se for eu desculpe mas, na época (10 anos atrás) eu era uma garotinha também com meus 23 anos, então não se preocupe pois, de velha você não tem nada ou melhor não temos nada...rss bjs Jana

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  3. Silvana, obrigada pela visita!
    Pois é... a gente dá os meios... os fins são deles...

    E... Jana... pois é... sou uma ´´senhorinha´´´jovem!

    Bjs as duas!

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  4. Eu sou bibliotecária (de sistemas, mas bibliotecária) com pós em Teoria Literária, então, sou devoradora de livros, principalmente dos clássicos. Não consigo ler bestsellers, desde pequena. Eu era uma das poucas na sala que curtia mesmo ler Machado de Assis e outros autores clássicos. Gostei do seu post, acho que nós realmente devíamos apresentar mais às crianças livros e revistas interessantes para despertar neles o gosto pela leitura. Meu pai fez isso comigo e deu no que deu. Não curto muito ler revistas, mas se tiver de ler, prefiro na net, tenho mais paciência. Já livros não rola, têm de ser os de papel mesmo. Sou tradicional. Gosto de folhear as páginas. A internet ainda não nos oferece essa magia que é poder abrir, cheirar e passear pelas páginas de um bom livro do jeito tradicional. Beijo grande

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  5. Eliane, eu estava com saudades dos seus coments... que bom que vc esta aqui conosco! E que bom que com toda a sua cultura literaria tem um tempinho para as minhas letrinhas! rsrsrssr! te quero bem! Bjka,

    Renata C., UMA ESPOSA EXPATRIADA.

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