O AMOR DE SEMPRE, AINDA EXISTE! ou UM ALMOÇO E UM RISO (RC)

Sei que muita gente vai virar a cara, torcer a boca ou coçar o nariz, mas eu sou nesse exato momento tomada por uma felicidade alheia impossível de conter, e sou obrigada a recorrer a esse caderninho pequenininho (o Baby Pink ficou no carro...) para expressar com minhas letrinhas o que acabo de presenciar.

Alias, que me perdoem os que assim não vêem ou não enxergam (e não são poucos aqui na Tailândia)... mas...

Bem, vamos a cena:

´´DOIS CASAIS TÍPICOS de se ver aqui em Pattaya: dois homens de cabeças brancas (“idosos” poderiam ser chamados) e suas duas Tailandesas passeiam no Shopping.

Diante da “Fonte Mágica” do “Believe or Not Believe” (“Acredite se Quiser”) logo aqui instalada – posso vê-los d’onde estou, sentada esperando meu almoço chegar – eles brincam como crianças recém-inauguradas; ele finge que vai jogá-la n’água! Ela ri! Ele ameaça pega-la nos braços e... pega-a num gesto único e rápido, naquele modo clássico dos nubentes.

Agora os quatro riem! Cinco, pois eu não me contenho do outro lado do vidro (sentada a mesa do Restaurante eles nem sabem que existo).

Eles se abraçam e ela lhe da’ um beijo carinhoso, no rosto.

Ponto final (para mim, claro! Não para eles, certamente).´´

Por que me regalo com tal felicidade? Seria impossível para mim questioná-la! Seria para mim impossível quietá-la! Seria para mim impossível de não aceitá-la!

E vivam os novos amores! Os velhos amores! Os novos amores dos velhos!

Os amores que podiam ser impossíveis pela idade, nacionalidade, religião, educação, gostos e desgostos.

Viva o amor!

Viva o breve sorriso.

De nada mais vale essa vida senão estar leve o suficiente para ver o que nem todos , aqui na Tailândia (ou em qualquer outro lugar do mundo) se recusam a aceitar: dane-se tudo! O amor ainda existe!

Ainda que fugaz, se me fez rir, tão longe... tão perto...

Garanto-lhes que era amor!

(RC)