PENSAMENTOS ADOLESCENTES - IV (RC)


Eu tenho que ter um objetivo.

Eu tenho que me ater ao meu objetivo.

Nao posso esquecer meu objetivo.

Nao posso me preocupar com o objetivo alheio.

Tenho que obter argumentos suficientes para conseguir exito.

Tenho que ser direta, franca, honesta – comigo e com meu companheiro.

Nao posso me acovardar.

E’ preciso que eu acredite no personagem – real ou irreal, existe naquele momento.

Se eu nao tenho ideia formada do que acontece nesse Universo, nada posso fazer de real para que me acredite – pois eu mesma nao acredito.

E’ preciso que eu saiba tudo que caiba ao meu objetivo.

Se eu nao sei ao certo qual o conflito, o que podere i fazer?

Como poderei lutar contra o inimigo e a favor do amigo se nao consigo distingui-los?

Tambem e’ preciso saber que e’ dificil lutar sozinha, mas que nao e’ impossivel.

Nao se deve complicar, fantasiar ou elaborar demais situacoes, perguntas ou respostas.

E’ tudo tao simples. E nao damos conta disso.

Tudo pode acontecer tao rapido e ser tao eficaz. O Tempo ai, nada significa. O que importa e’ a essencia, o conteudo – diria a concistencia.

Palavras? Nao, nao serao precisas muitas vezes. Pode-se dizer muito sem o artificio da palavra – que tantas vezes ira’ quebrar o clima, o conflito quase resolvido...

Pois e’, como e’ dificil ser objetivo. Como e’ dificil ser suscinto, ser exato. Ser preciso.

Por que procurar poucas palavras enquanto podemos bordar e rebordar versos, cantar, criar metaforas, enlouquecer de poesia?

O perigo esta’ em que quanto mais se fala, ou se escreve, maior e’ a chance de se deixar levar pelo devaneio e, esquecer o objetivo.

Rio, 28/05/1986.
(RC)

Um comentário

  1. Olá querida,


    Passando para retribuir a visita no meu blog. Desconsidere minha demora em aprovar seus comentários lá... alguns deles eu exclui por engano, rs

    Tudo bem com vc? Não é que mais um natal vem chegando?

    Grande abraço;

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‎"Fuja do elogio, mas tente merecê-lo"
François Fénelon