VIDA EXPATRIADA - COISAS QUE APRENDI - PARTE 2 (RC)

(Me perdoem o longo texto... é o que dá ficar sem escrever por muito tempo... mas... fica vai! lê! quero você aqui comigo!)



NA VIDA EXPATRIADA, de um modo geral a gente conhece primeiro a “pessoa”, depois onde ela mora, depois “com quem ela e’ casada”, depois “onde ele (o marido) trabalha” e muito depois (as vezes nunca) qual a função dele na empresa.

Mesmo quando você conhece a casa de uma pessoa, ainda assim, muitas vezes, não pode avaliar – so’ por conta disso – se ela e’  “rica” ou “pobre”, porque muitas vezes e’ a empresa quem paga o aluguel da mesma, por exemplo. Muitas pessoas moram em casas 10x maiores que as que deixaram em suas origens, inclusive eu, e isso não quer dizer nada!

No tocante a escola de seu filho, a mesma coisa, pois muitos estudam em escolas que no Brasil jamais poderiam pagar, tal elevado o custo de vida – especialmente escolas particulares – no nosso País.


O que quero dizer com isto e’ que vivendo aqui, você PRIMEIRO CONHECE “A PESSOA”, e você pode assim, pela conversa, gostar ou não dela, se identificar, ou não com ela. A despeito do salário do marido, da onde vive, da escola que os filhos estudam, etc.
Parece mais sincero – se e’ que me entendem – você ser amigo ou não de uma pessoa pelo que ela e’, e não pelo que ela tem, ou “pode te proporcionar”, ja’ que, mal ou bem, esta’ todo mundo mais ou menos no mesmo barco.
Imagem: Google

Mas e’ claro que as diferenças sociais existem, mesmo que não se façam impostas. Mas, no meu entendimento, elas não se dão examente por pré-imposição social mas por diferenças intrínsecas sociais e culturais: como gostos, hábitos, etiqueta (leia-se bons modos), assuntos e interesses em comum, etc. Aí, neste caso, os “grupos que se formam” me parecem mais “honestos”, pois – afinal – ninguém e’  obrigado a gostar de uma coisa ou uma pessoa “porque todo mundo gosta”. Ja’  dizia (e eu sempre repito isto) Nelson Rodrigues: “A unanimidade e’ burra”.


Também costumo dizer que não escolho meus amigos por NACIONALIDADE e sim por AFINIDADE.

Recentemente tomei UM FORA de uma recém-chegada a Tailândia, uma brasileira casada com um alemão. Ao saber de ambas as nacionalidades, eu imediatamente disse: ah, que legal! Então vou te apresentar um casal ótimo, também brasileira + alemão! E ela num tom bastante áspero (sem necessidade, vamos combinar) disse: ´´por que e’  que as pessoas cismam em fazer isso? So’  porque são de mesma nacionalidade não quer dizer que vamos nos dar bem!´´.
Tudo bem, caiu a ficha! Eu ate’ concordo com ela: que e’ uma coisa boba de se dizer e oferecer. Talvez ela tenha tido más experiências com coisas do tipo, e não aguente mais ouvir esse tipo de “oferecimento’’. Tudo bem. Mas não precisa ser estupida com alguém que esta’  sendo simpática num primeiro encontro e não sabe que isso seria um desagradavel oferecimento.
Pronto. Mas aprendi. Não ofereço mais esse ´´tipo de combinação´´.

E’ por essas e  outras que uns pagam pelos outros.
Talvez uma nova família que chegue, gostasse de conhecer outros casais da mesma “comunidade’’, por questões sociais, culturais e de Tradição.


Sim, esse e’  um outro assunto na vida expatriada: MANTER AS TRADIÇÕES DA TERRA NATAL. Especialmente se você tem filhos, e deseja que eles não percam (ou mesmo passem a conhecer) as tradições do País de origem, ou do País de seus pais...
As vezes não e’  tarefa tão fácil e simples como pode parecer. E, neste ponto, estar com semelhantes de nação, ajuda.
Exemplo: Natal. Ha’  tres anos atrás, montaram a principal Árvore de Natal da cidade (aqui em Pattaya, Tailândia) uns 20 dias antes! Ate’ porque e’ um País de maioria (percentual altíssimo) BUDISTA e nem sabem direito o que significa ou porque e’  celebrado o Natal. Não se viam enfeites, ou possíveis celebrações. Em pouco tempo, verdade, isso ja´ mudou (credito isto a quantidade de expatriados que aqui vivem e visitam), e pudemos comemorar muito bem nosso Natal por aqui.
Aliás, como muita gente viaja na ocasião, nosso Grupo de Brasileiras em Pattaya comemorou (com um Papai Noel foferézimo e tudo) nosso Natal antecipadamente.


 Agora mês de Julho vamos promover uma FESTA JULINA!
Ai! Eu adoro!
(RC)


 Protected by Copyscape Duplicate Content Software

5 comentários

  1. Há alguns anos atrás, fui passar o Natal em São Luiz no Maranhão e , assim, que desembarquei fiquei chocada pois não havia uma única luz de natal enfeitando as ruas, nem um símbolo de natal..absolutamente nada..houve uma briga entre o prefeito vigente e o que ia assumir em primeiro de janeiro, então não festejaram com nada..A população é que saiu perdendo. Em compensação, este ano passei em Gramado que é a cidade do Papai Noel..Foi maravilhoso!!! Realmetne, acho que sentiria falta do Natal como vc. À respeito do que disse a sua recente amiga, leia em meu blog minha resposta para isso em: www.considerasobreeducacao.blogspot.com no título Rejeitando um presente..bjos

    ResponderExcluir
  2. RESPOSTA:
    Puxa, Magdala! Que gostoso seu email! Obrigada de verdade pelas palavras!
    Bjka!
    Renata C.

    EMAIL:
    Date: Thu, 24 May 2012 16:59:42 -0400
    cara Renata
    Nao mude seu modo de ser por conta de uma pessoa que esta de mal com a vida ou mal amada. Nunca soube que alguem se negasse a conhecer pessoas, quendo chega a um lugar estranho, especialmente se sao brasileiros. No caso ,ainda o fato de maridos alemaes. Por favor, seja voce mesma ADORARIA TE CONHECER PESSOALMENTE E TE RECEBER NA PARAIBA. Estou na Florida curtindo netos e minha filha esta muito ligada a Comunidade Barsilireira e inclusive e diretora de comunicao do BBG (Brazilian Business Group). Aqui se oferece portugues para criancas, ingles para adultos, dan'ca, capoeira etc, alem de aulas para aplicacao para a dupla cidadania (no caso, a americana)
    Embora nao te retorne sempre, gosto de saber suas noticias Bjs magdala

    ResponderExcluir
  3. Ola Renata,
    Voce e muito boa.. adoro ler o que voce escreve.
    Abracos a todos,
    Sergio

    ResponderExcluir
  4. POR EMAIL:
    Essa imersão cultural será muito benéfica para as crianças , hein, Renata. Quisera eu poder viver em uma sociedade assim, A zona sul do rio de janeiro é tão diferente.

    Acho que não tinha enviado as fotos que tirei do nosso encontro , só as da Zizi. Aí vão. bjs
    Vanessa A.

    ResponderExcluir
  5. POR EMAIL:
    Oi Renata
    Costumo ser muito franca e sei que isso nao e bom, mas depois de 70 anos, ja posso ser como sou e gosto. Quando a gente trabalha, precisa ser mais diplomata e sempre fui conciliadora, mas tambem positiva. Nao agrido ninguem Apenas digo o que sintyo Bjs magdala

    ResponderExcluir

"Não permita que tua língua adiante teu pensamento!"
Autor Desconhecido
‎"Fuja do elogio, mas tente merecê-lo"
François Fénelon