Ser boazinha a qualquer preço... tem um preço... (RC)


As vezes a gente querer ser boazinha faz da gente pessoas cruéis. Não estou falando de ser crua (que eu sou mesmo crua, DIGA LÁ MINHA IRMÃ), mas estou dizendo sobre aquelas situações em que queremos ser (ou parecer) boazinha e estamos, por exemplo, encorajando uma pessoa a viver um “falso momento” digamos assim; alimentando vontades e esperanças ou ilusões de outrem.
Por exemplo, quando eu namorava um rapaz que me traia. Quando nós terminamos eu fui encorajada por muita gente a voltar para ele… e quando voltei, muitos me deram “os parabéns”. Pelo que? Se ele continuava a namorar as duas ao mesmo tempo?

A única pessoa que se calou, e não esboçou qualquer sentimento, hoje é não só uma das duas unicas melhores amigas que deixei no Rio de Janeiro, como hoje é minha comadre, pois batizou meu filho caçula.
Ela sempre me ensinou a viver, sem nunca ter me dado um único conselho. Seu jeito e modo de viver a vida e pensar sobre ela sempre foram um ponto de reflexão e concordância para mim. Sempre foi minha Professora, mas eu nunca precisei dizer isso a ela.

Pois bem, aquele silêncio dela, aquela época, e ai já se vai mais de 20 anos, foi – mais tarde – a confirmação da sua verdadeira amizade/lealdade por mim, pois, não podendo falar-me a verdade (havia laços de família envolvidos nisso) preferiu calar-se a ser – digamos – hipócrita. Seu silêncio foi o modo como pôde demonstrar seu desagrado e sua discordância.

Se os outros também não podiam me dizer a verdade, então porque também não se calaram?

O mesmo acontece quando namora-se um rapaz que não quer nada de verdade com você, mas “vai levando” o relacionamento que é “apoiado” pela família dele. Com o suporte e amor da família do amado, sentimo-nos encorajadas e acreditamos estar no “caminho certo”. Isso também já aconteceu comigo! E no final, aquele “suporte” de nada vale, pois nesse caso não se casa com a família, mas com o homem que não te ama. Sorte – como aconteu comigo – quando um clarão se abre na sua frente e mesmo sem enxergar direito (sim porque você já viu alguém enxergar alguma coisa com um holofote de 1000 W na sua cara? Fica-se tão cego quanto na escuridão, não?) você percebe só pelo susto da mudança de “cor’ ou de “luz” que as coisas não são como estava vendo até então!

Mas se perceber algo do genero, minha dica é: corra sem olhar para trás, mude de telefone, de endereço, o email, sei lá, o que der para mudar! Mas não abra mais a porta!

Ai, ai. Lá vai euzinha a dar o que chamo de “dicas”. Sim porque não ouso dizer “conselho”, ah! isso não!

Registre-se: sempre inicio minhas frases com: “penso que, imagino que, para mim, para a realidade que eu vivo... etc”.

Sabe, tenho muita preocupação em pareccer (ou ser) pedante ou arrogante. Quer dizer, em não parecer nem ser!

Digo isto porque como falo muito, me expresso bastante, e sempre (????? rsrsrsrs) demonstro o que penso e desejo, muitas vezes posso parecer aquela “que pensa que sabe tudo” ou aquela que e “a dona da verdade”.

NADA DISSO! SOCORRO!

Já disse aqui tantas vezes: não há verdade absoluta! Não há! O triangulo do Direito (que aprendemos nas primeiras aulas do Curso): AUTOR, RÉU & JUIZ, representam a nossa vida: EU, VOCÊ & ELE. Há sempre pelo menos três versões (se quiser, leia “interpretações”) para o mesmo fato… mas isso já é outra história…
Simplesmente o faço por motivos egoistas e práticos: se eu exponho quem sou de verdade para aqueles que estão perto de mim, evito “enganar” o outro, e assim, “pensando em mim” e na minha feliz “sobrevivencia” afasto logo quem não tem interesse “nesse tipo de pessoa aqui”! e assim, aos que precisam ou mesmo desejam conviver comigo, torno essa convivência mais simples e sincera, pois ninguém fica comigo “pensando que eu sou uma coisa e depois descobre que sou outra”, por “erro de pessoa” como se diz o Direito… Isso também já aconteceu comigo... mas é mais outra história...

Finalizando, ouso proclamar Mae West: “QUANDO SOU BOA, SOU BOA. MAS QUANDO SOU MÁ, SOU MELHOR AINDA!”

Bjs!

(RC)

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