´´PORQUES´´ AOS ´´POR QUES´´ DO MÊS PASSADO... (RC)

Nos mudamos para Pattaya no dia 19 de abril de 2009.
Ou seja, um ano e algumas semaninhas...



Por que eu vim?
Porque ao meu marido fora oferecida uma transferencia para a Asia, que – ao nosso entendimento – era irrecusavel.

Primeira medida tomada: conhecer o Pais antes de aceitar a transferencia. Assim, deixamos as criancas em seguranca no Brasil e viemos a Tailandia por uma semana.
Tive a simpatica ajuda de uma esposa (expatriada tambem, claro) de um colega da mesma empresa do meu marido, que me apresentou a cidade, mostrou-me possiveis Condominios para morar, Supermercados, Colegios internacionais para as crianças, etc.
Assim, voltei bastante confiante no que vi, e resolvemos em familia, aceitar a oportunidade.

Por que existe o BLOG?
Porque desde o momento em que soube que mudaria de Pais, especialmente para um lugar tao longe e de cultura tao diversa da nossa, em que seria “obrigada” a parar de trabalhar, adaptar-me a cidade, fazer novas amizades, tratar de usar (e melhorar meu ingles), cuidar (zelar) para a boa e sadia adaptação das crianças, etc. Eu sabia que precisaria em pouco tempo ocupar minha cabeça e meu espirito, para que meu cerebro nao atrofiasse! Socorro!
Sim, desde o primeiro dia que aceitamos a mudança eu ja tinha idéia do BLOG e seu titulo: UMA ESPOSA EXPATRIADA.

Quer saber? Eu NUNCA – eu disse nunca – tinha lido ou visto um BLOG antes! Alias, nem sabia exatamente do que se tratava. O que ouvia e que era uma “especie de DIARIO PUBLICO NA INTERNET”. Mas apesar dessa definição, desde o inicio pensava no formato dele como este aqui, que assim esta, com as poucas alterações que vai sofrendo (acredito que para melhor) ao longo do tempo.

Por que minha adaptação parece ter sido tão fácil?
- Porque eu sou uma eterna lutadora, não incansavel – pois me canso muitas vezes.
- Porque amo muito meu marido e meus filhos e ja viviamos muito bem (felizes) antes da mudança – acho que isso e muito importante (para não dizer essencial) para uma historia de expatriação dar certo.
- porque fizemos da casa alugada não uma casa de tijolos, mas um lar (´´lar é onde o amor está´´).
- porque trouxe minha mãe e minha irmã para passarem conosco o primeiro mês. Isso foi muito bom, porque também ajudou na adaptação das crianças que ainda estavam de férias (as aulas só começariam em junho), porque pudemos fazer os primeiros passeios turisticos juntas, porque elas nos ajudaram com as crianças e com a arrumação da mudança – que chegou uns 30 dias depois de nós.



Por que não houve nenhum problema?
Sim, houve.
Um problema sério antes de ficar boa e rápida a adaptação. Acho que já contei aqui: Uma sucessão de acontecimentos (acresccidos por JET LAG e UMA SUPER TPM):
- meu marido veio antes de nos (eu e as 3 criancas), 45 dias
- decidimos levar “a casa toda” para a nova vida, porque acreditavamos (e acreditamos) que era um fator importantissimo na sadia adaptação nossa e especialmente das criancas: pois para todos os lados que olhassemos, o que viamos era “de fato” a “nossa casa”
- como a mudança – por conteiner/navio – leva de 60 a 90 dias para chegar, e queriamos deixar alugado nosso apartamento do Brasil, decidimos enviar “tudo” 30 dias antes de irmos ao encontro do “maridao”, e assim foi feito
- com isso, mudei para uma apart hotel por tal periodo, levando as 3 crianças (entre 2 e 5 anos), a nossa e“algumas coisinhas a mais por conta das criancas”, como um TV pequena (extra), um forninho eletrico, potinhos especiais para as crianças, a eterna Baba Regina e “alguns brinquedos´´, etc.,

- dali, chegada a hora de viajar, saimos de SP para o RJ para despedir da familia. A tralha era tanta (que havia no apart hotel) que o carro cedido pela empresa para nos levar a “Cidade Maravilhosa” encheu-se até o teto e só coube o motorista.
Tivemos que pegar uma Ponte Aérea (eu e as 3 crianças) – o que, pensando bem, foi muito melhor e mais logico a se fazer
- chegamos uns dias antes do marido vir para nos pegar. Esse tempo usei para “papelada, bancos, contas, e afins”, ou seja, deixar tudo resolvido. Ah! Em Sampa foi essa Secretaria do lar (a essa altura ja havia, sim, recebido minha “promocao” de advogada parl função), obviamnte – porque estava só, fiquei rea tsponsavel por fechar o Contrto de Aluguel, resolver as contas dde banco, cancelar cartões, assinaturas, etc. Tudo muito fácil, rápido e simples, imagina-se....Hã????

Por que a viagem é tão longa?
Porque voce tem que fazer conexoes (pela europa, pelos emirados arabes, etc). Resumindo, voce sai do Brasil na sexta-feira e chega na Tailandia no domingo.
No nosso caso ainda quisemos “aproveitar” e ficar tres dias em Paris (3 dias???? Devia ser proibido ficar SO 3 dias em Paris!!!!), mas com criancas tao pequenas, nao podiamos fazer muita coisa... Ah! Mas fomos a EuroDisney... mas era preciso entender que nao dava para ficar “horas nas filas” para curtir super montanhas-russas por exemplo... era Disney, mas estavamos ali para assistir aos shows... ver as princesas... dificil convencer adultos disso, não?

Mas tudo bem, sobrevivemos a tudo isso.

O dificil ao chegar foi o meu mal humor. Não porque estava aborrecida, mas porque fui tomada por um sentimento que não conhecia (esse abominavel mal humor que eu tive, não foi qualquer um, não foi desses comuns... eu não podia “olhar” pro meu marido! Coitado!) – diagnostiquei como: exaustão + alivio pela conquista + estafa + jet lag + TPM. Ninguém merece, nem meu marido!

Mas vencemos. E, como disse, estamos aqui na Tailandia a UM ANO. Esperamos que realmente seja o primeiro de muitos, com realizações e conquistas, com aprendizado e crescimento, com saudades (claro!) do Brasil e dos queridos que deixamos lá, e dos que fizemos através desse BLOG também, mas, esse é o “apendice que dói” da vida do expatriado, como costumo dizer.

E quer saber? Nossos porques são muito mais importantes que nossos “por ques?”.

Até a próxima! Ops! Até o próximo (POST)!
(RC)

Esta é uma foto de 2008, do nosso antigo apartamento em SP, antes da Tailândia... Por que a coloquei aqui? Porque ali, no jardim, havia a inscrição (para não nos deixar esquecer):
´´O amor faz desta casa um lar!´´

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