HISTORIAS DE AMOR, ou HISTORIAS DE ESPOSAS EXPATRIADAS (RC)

Peco LICENÇA a minha querida amiga-quase-prima para publicar neste Blog a resposta que deu a nossa nova amiga Samantha, por email...
Ah! O Amor! A! A expatriação!
Leia você mesmo, a seguir.
(RC)
 Protected by Copyscape Duplicate Content Software


"Samantha
Vou contar-lhe minha situação quando cheguei.
Sou casada com um americano. Sai do meu emprego, da minha zona de segurança do Brasil e me mudei assim de um dia para o outro para os EUA com apenas visto de turista para ficar por 3 meses. Ele não podia morar no Brasil e eu não podia morar nos EUA. Ai surgiu a proposta da Tailândia. Ele aceitou na hora por nos 2, sem que eu tenha tido a oportunidade de conhecer o pais, somente para que ficássemos juntos.
Ele começou em Outubro de 2007 e me ligava contando que a cidade era feia, cheia de turistas, muita prostituição. Ele as vezes nem saia do hotel para não ser hostilizado pelas "ofertas". Ficou 3 semanas e depois veio novamente em Novembro por mais 2 semanas, um pouco mais animado mas nem tanto satisfeito.

Dia 12 de Janeiro de 2008 chegamos a cidade. Achei mesmo a cidade feia. Tinha mesmo muita "oferta" por ser cidade turística.

Não conhecia ninguém nem as pessoas do trabalho dele. Passei a conhecer aos poucos visto que estávamos no mesmo hotel. Mas nunca tinha animo de sair e sempre estava cansada. A principio achei que era depressão apesar de nunca ter tido ou sido depressiva.

Fui ao hospital me registrar e tomar a vacina Japonese Encephalis (algo assim) e fizeram um teste de gravidez em mim. Foi assim que descobri que já estava gravida e a razão pela qual andava taoooooooooo cansada e sem animo para nada. Minha gravidez foi uma bencao (pois já havia sido diagnosticada por médicos que minhas chances eram muitíssimos remotas). Meu marido ficou louco de emoção e imagine, por ser americano, quase ficou pirado de tão exigente com higiene, saneamento, ambiente, médicos, hospital. Ele estava um porre de chato e exigente. E para piorar tive de tudo nos 3 primeiros meses. Tomei muitos remédios, anitbioticos e tylenol. Meu marido nem dormia de tão preocupado comigo. Anotava tudo tudo num caderno para ver um medico nos EUA.

Viajei aos 4 meses para casa (EUA) e os médicos falaram que tudo que tomei e que foi-me orientado e prescrito estava corretissimo, sem risco para o bebe. Que a partir do 4 mês as coisas iam melhorar. Comprei todo enxoval e voltamos para Tailândia. Uma semana antes da viagem conseguimos achar e fechar contrato de uma casa, longe do serviço dele, mas fácil locomoção, longe do barulho da cidade, vizinhança em que eu poderia andar com o bebe quando nascesse. No centro hospitalar em Houston, os médicos sugeriram fazer ultrassom, mas quando meu marido viu a maquina disse que faríamos em Pattaya que era mais moderno. Nem acreditei! Estávamos satisfeitissimos com o hospital aqui.

4, 5, 6 meses fiz de tudo. Viajamos muito de carro, andava de tuk tuk, trem, metro e ate onibus sem janela (em Bangkok...). Aqui em Pattaya também andávamos direto a pé, ficávamos sem motorista nos finais de semana, fazíamos compras e andávamos nos taxis-baht da vida.

Minha mudança chegou quando estava quase aos 8 meses. Meu marido contratou uma empregada indicada para MORAR em casa (americano quase não tem empregada, o que dirá de uma que mora em casa!).

Aos 8 e 9 meses tinha muita dor mas sempre muito bem assistida no hospital. Meu primeiro filho nasceu sem problemas e ficou comigo sempre no quarto, policiado pelo meu marido cão farejador. Tive uma cesaria sem problemas. Tive problemas no terceiro mês de gravidez do meu segundo mas tudo foi bem. Viajei com 7/8 meses para Austrália sem problemas.

Lógico que muita gente não gosta da minha medica, ou do quarto ou da comida, ou das diferenças culturais. Meus filhos ficaram varias vezes internados mas ainda assim gostamos muito daqui. Meu marido AMA a cidade, o barulho, a bagunca. Ficamos estressados as vezes com a barreira da língua ou das diferenças culturais sim. Mas ainda eh um otimo lugar. Fizemos amigos maravilhosos.

Há pouco mais de 2 anos, temos tidos muitas opcoes para bebes e crianças. Tem o BAMBI, playgroups, encontro de mães, e quando não tem a gente faz com os estrangeiros. Todos se ajudam e sou muito grata por todos os estrangeiros que muito me ajudaram e deram forca no começo e logo após minhas 2 gravidez. tb aos brasileiros que conheci e que agora são unidos e uma família grande. Quando não há opcoes a gente inventa viu. Tem também o PILC (Pattaya International Ladies Club) que me associei logo que cheguei e me ajudou a conhecer as brasileiras daqui e muitos dos estrangeiros. Da uma olhada no site.
A Vania tb teve filho aqui. Como tive problemas em registrar meu filho na embaixada brasileira (disto a burocracia) e o erro do nome na prefeitura (pela barreira de língua), passei todas as dicas do que fazer para ela e ela nao teve problemas algum. Passei tb para a Juliana qdo o filho dela nasceu e sem problemas (ela já foi embora). Posso passar para voce tb.

Infelizmente iremos embora em Novembro para Houston. Estamos muito tristes. Mas vou recomeçar novamente assim como fiz por aqui: procurar amigos novos, brasileiras, escolas, o que fazer...

Espero que a gente se encontre antes da minha volta.
Não se preocupe que você estará assessorada pelos brasileiros e estrangeiros. Fora do pais tudo se torna uma grande família!

Sinta-se abraçada!

Priscila N. L."
***

2 comentários

  1. Linda carta que bom que todo mundo que mudasse de país tivesse a sorte de ser abraçada assim!
    bjs
    Jussara
    PS: Aí que vontade de passar horas falando sobre isso,rs

    ResponderExcluir
  2. Priscila,
    Ano passado fiquei morando 1 ano em Hoston,posso te adiantar que adorei.A cidade,apesar de ser grande,é tranquila.Tenho várias dicas e pessoas para vc entrar em contato.posso deixar meu e-mail caso vc queira continuar em contato.taniadaimy@yahoo.com.br
    bjs
    Tania

    ResponderExcluir

"Não permita que tua língua adiante teu pensamento!"
Autor Desconhecido
‎"Fuja do elogio, mas tente merecê-lo"
François Fénelon