MEDULA ÓSSEA - Vamos conhecer mais um pouco sobre o assunto?


´´O Transplante de Medula Óssea é a única esperança de cura para muitos portadores de leucemias e algumas outras doenças do sangue. ´´

O mais incrível de tudo é que a maioria das pessoas desconhece a ´´simplicidade´´ que é a DOAÇÃO, e que ela chega a ser quase impossível de acontecer, já que ´´Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 35%.´´.
Imagine-se que quando não há COMPATIBILIDADE ENTRE IRMÃOS (ideal) ´´A chance de encontrar uma medula compatível entre as medulas do doador e do receptor pode chegar a UMA EM CEM MIL!´´

E É JUSTAMENTE ESSA QUESTÃO QUE ME FAZ PENSAR: O QUE QUE CUSTA A GENTE IR A UM CENTRO DE DOAÇÃO (leia mais abaixo como fazer)  e nos CADASTRAR??? Você terá (com sorte, e o receptor mais sorte ainda) UMA CHANCE EM CEM MIL DE SER CHAMADO e mesmo assim, SE isso ocorrer, você ainda pode DIZER NÃO à ocasião, caso esteja passando por alguma situação ´´nova´´ que tenha mudado sua idéia de ´´ajudar´´ alguém que poderá morrer rapidamente sem aquele seu ´´gesto tão simples´´.

É simples, sim!
É feita uma ´´´punção´´ de 10% de seu líquido que todo mundo tem (na área dos quadris) que EM POUCOS DIAS o PRÓPRIO CORPO REPÕE! (leia a matéria do site oficial, mais abaixo).

Então... alguém - eu sei bem - pode já estar pensando: ´´E a Renata, é Doadora?´´. Respondo rápido (e minhas amigas de São Paulo são ´prova´ disso): Estava procurando me informar sobre todos esses aspectos, já sabia onde ir, e estava ´mobilizando´ um grupo de mães para faze-lo. Eu dizia: ´´vamos ver... já pensou? Encontrar alguém compatível com você em todo o Mundo? Puxa! É uma DÁDIVA!´´... Mas logo nessa ocasião eu soube que mudaria com a famíia para a Tailândia e pensei: e seu eu for compativel? e se eu for chamada? como poderei dizer não? como poderei ´ir correndo´´? e essa é a história...

BREVE RESUMO:
Veja, passo a passo, como funciona a doação de medula óssea no Brasil:
É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e boa saúde;
• É necessário se cadastrar como doador voluntário em um Hemocentro (veja os endereços listados abaixo);
No cadastramento, os voluntários doam apenas 10 ml de sangue;
• Essa amostra passa por um exame de laboratório, chamado teste de HLA, que determina as características genética do possível doador;
• As informações são colocadas em um cadastro nacional, o REDOME, ou Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea;
• Quando alguém precisa de transplante, os técnicos do Redome fazem a pesquisa de compatibilidade por entre os registros de todos os doadores cadastrados;
• Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer outros exames de compatibilidade genética. Se o perfil coincidir com o do paciente que precisa do transplante, o voluntário decide se realmente quer doar;
• Durante a doação, o doador recebe anestesia geral. Com uma agulha, a medula é aspirada do osso da bacia;
A quantidade de medula doada é de apenas 10% da medula total. Em 15 dias ela já estará recomposta.


EM TEMPO (RC): Na Revista Marie Claire de Maio de 2010 (Brasil) em ´´Ensaio´´:  ´´ERA UMA VEZ...´´, por Ludmila Vilar, encontra-se  o trabalho de uma interessante fotógrafa... que você pode conhecer melhor DEPOIS, clicando AQUI.
Ela nos faz refletir um pouco sobre ´´o que teria acontecido às PRINCESAS DOS CONTOS DE FADAS nos tempos atuais?´´. Vale conferir!

Não é engraçado, mas nos ajuda a pensar sobre o caso que hoje decidimos destacar: DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA: O que seria da RAPUNZEL? Ela responde: ´´no mundo moderno, ela tem que ser virar sem príncipe e sem cabelo, resultado da quimioterapia para combater o cancer´´... 



 
Nota (RC): a seguir tem muito mais, bem explicadinho, OK?
Bjs!



O que é medula óssea?
É um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. Pelas hemácias, o oxigênio é transportado dos pulmões para as células de todo o nosso organismo e o gás carbônico é levado destas para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, inclusive nos defende das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

Qual a diferença entre medula óssea e medula espinhal?
Enquanto a medula óssea, como descrito anteriormente, é um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos, a medula espinhal é formada de tecido nervoso que ocupa o espaço dentro da coluna vertebral e tem como função transmitir os impulsos nervosos, a partir do cérebro, para todo o corpo.

O que é transplante de medula óssea?
É um tipo de tratamento proposto para algumas doenças malignas que afetam as células do sangue. Ele consiste na substituição de uma medula óssea doente, ou deficitária, por células normais de medula óssea, com o objetivo de reconstituição de uma nova medula. O transplante pode ser autogênico, quando a medula ou as células precursoras de medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado (receptor). Ele é dito alogênico, quando a medula ou as células provêm de um outro indivíduo (doador). O transplante também pode ser feito a partir de células precursoras de medula óssea obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical.

Quando é necessário o transplante?
Em doenças do sangue como a Anemia Aplástica Grave e em alguns tipos de leucemias, como a Leucemia Mielóide Aguda, Leucemia Mielóide Crônica, Leucemia Linfóide Aguda. No Mieloma Múltiplo e Linfomas, o transplante também pode estar indicado.

Anemia Aplástica: É uma doença que se caracteriza pela falta de produção de células do sangue na medula óssea. Apesar de não ser uma doença maligna, o transplante surge como uma saída para 'substituir' a medula improdutiva por uma sadia.

Leucemia: É um tipo de câncer que compromete os glóbulos brancos (leucócitos), afetando sua função e velocidade de crescimento. O transplante surge como uma forma de tratamento complementar aos tratamentos convencionais.

Como é o transplante para o doador?
Antes da doação, o doador faz um exame clínico para confirmar o seu bom estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação. A doação é feita por meio de uma pequena cirurgia, de aproximadamente 90 minutos, em que são realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 10%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde. Leia mais informações sobre a doação de medula.


Como é o transplante para o paciente?
Depois de se submeter a um tratamento que destrói a própria medula, o paciente recebe a medula sadia como se fosse uma transfusão de sangue. Essa nova medula é rica em células chamadas progenitoras, que, uma vez na corrente sangüínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem. Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos e hemorragias. Por isso, deve ser mantido internado no hospital, em regime de isolamento. Cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos são necessários. Por um período de 2 a 3 semanas, necessitará ser mantido internado e, apesar de todos os cuidados, os episódios de febre são quase uma regra no paciente transplantado. Após a recuperação da medula, o paciente continua a receber tratamento, só que em regime ambulatorial, sendo necessário, por vezes, o comparecimento diário ao hospital.

Quais os riscos para o paciente?
A boa evolução durante o transplante depende de vários fatores: o estágio da doença (diagnóstico precoce), o estado geral do paciente, boas condições nutricionais e clínicas, além, é claro, do doador ideal. Os principais riscos se relacionam às infecções e às drogas quimioterápicas utilizadas durante o tratamento. Com a recuperação da medula, as novas células crescem com uma nova 'memória' e, por serem células da defesa do organismo, podem reconhecer alguns órgãos do indivíduo como estranhos. Esta complicação, chamada de doença enxerto contra hospedeiro, é relativamente comum, de intensidade variável e pode ser controlada com medicamentos adequados. No transplante de medula, a rejeição é rara.

Quais os riscos para o doador?
Os riscos são poucos e relacionados a um procedimento cirúrgico que necessita de anestesia geral, sendo retirada do doador a quantidade de medula óssea necessária (menos de 10%). Esta pequena cirurgia tem duração de aproximadamente 90 minutos e consiste de 4 a 8 punções na região pélvica posterior para aspiração da medula. Dentro de poucas semanas, a medula óssea do doador estará inteiramente recuperada. Uma avaliação pré-operatória detalhada avalia as condições clínicas e cardiovasculares do doador visando a orientar a equipe anestésica envolvida no procedimento operatório.

O que é compatibilidade?
Para que se realize um transplante de medula é necessário que haja uma total compatibilidade tecidual entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. Esta compatibilidade tecidual é determinada por um conjunto de genes localizados no cromossoma 6. Por isso, devem ser iguais entre doador e receptor. Esta análise é realizada em testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e receptor, chamados de exames de histocompatibilidade. O laboratório do Centro de Transplante de Medula Óssea funciona no Hospital dos Servidores do Estado. Com base nas leis de genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 35%.

O que fazer quando não há um doador compatível?
Quando não há um doador aparentado (um irmão ou outro parente próximo, geralmente um dos pais), a solução é procurar um doador compatível entre os grupos étnicos (brancos, negros amarelos...) semelhantes. Embora, no caso do Brasil, a mistura de raças dificulte a localização de doadores, é possível encontrá-los em outros países. Desta forma surgiram os primeiros Bancos de Doadores de Medula, em que voluntários de todo o mundo são cadastrados e consultados para pacientes de todo o planeta. Hoje, já existem mais de 5 milhões de doadores. O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) coordena a pesquisa de doadores nos bancos brasileiros e estrangeiros.
  
Passo a passo para se tornar um doador
• Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar Medula Óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, através de punções e se recompõe em apenas 15 dias.

• Tudo seria muito simples e fácil, se não fosse o problema da compatibilidade entre as medulas do doador e do receptor. A chance de encontrar uma medula compatível pode chegar a UMA EM CEM MIL!

• Por isso, são organizados Registros de Doadores de Medula Óssea, cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante, esse cadastro é consultado. Se for encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação.

• Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte.

• A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.

Caso você decida doar
1. Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante).

2. Onde doar:
É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros de cada Estado. No Rio de Janeiro, além do HEMORIO, o INCA também faz a coleta de sangue e o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea. Para mais informações, ligue 2506-6064.

3. Como é feita a doação
Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (10ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.

Seu sangue será tipado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante.

Seu tipo de HLA será incluído em nosso cadastro.

Quando aparecer um paciente, sua compatibilidade será verificada.

Se você for compatível com o paciente, outros exames de sangue serão necessários.

Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para decidir quanto à doação.

Seu atual estado de saúde será então avaliado.

A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias, após a doação, pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples. Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.

4. Mais informações

Fonte: INCA
Imagem: Google e INCA


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