Especial desta edição, uma entrevista com nossa Patty - no JORNAL AQUARELA, da ABT


A Paty Cake - FALA SERIO - JA' E' LINDA POR FORA (GOSTOSA, EDUCADA, SIMPÁTICA, PARECE UMA GATA-MANSA, SABE?), E AINDA E' IDEM-IDEM POR DENTRO! DELICIA CONHECE-LA... PENA QUE FOI RAPIDINHO... snif snif... e' a "vida expatriada"...
A seguir conheça-a por dentro e por fora, nessa belíssima entrevista feita pelo JORNAL AQUARELA, DA ABT!*
(RC)


"Com os cabelos cacheados e um jeito de artista moleca, Patty Cake ganhou o coração de todas as associadas da ABT. Essa paulista que tem sotaque paranaense agora vai deixar Bangkok rumo ao Rio Grande do Sul. Um ano de colaboração inspirada e dedicada ao Aquarela faz parte do legado de Patty. Com muita gratidão, saudades enormes e lágrimas nos olhos nos despedimos da nossa editora. Leia a seguir a entrevista que revela mais da mulher por trás do jornalzinho!

Qual é a sua prioridade na vida agora?
Tirando as prioridades básicas que são os filhos e o marido e ajeitar a nova casa, etc... minha prioridade agora é finalmente investir no meu espaço físico, literalmente. Arriscar um novo passo, sou viciada em adrenalina e a vida para mim sem um desafio, um risco, um obstáculo, fica sem graça!

Como foi para você esses dois anos aqui na Tailândia?
Tudo na Tailândia é muito intenso desde o primeiro momento em que botamos o pé para fora do aeroporto e aquele bafo quente sopra na nossa cara. Este calor, que de início já nos assusta, fica impregnado em todas as nossas experiências por aqui. Leva-se um ano ou um pouco mais para realmente se apaixonar por esta terra, mas depois que nos apaixonamos fica difícil ir embora. Lembro muito bem a minha primeira visão de Bangkok pela janela do carro: uma São Paulo mais verde, uma confusão de gente, comida, barraca e tudo o que se possa imaginar na rua. Eu AMEI e amo esta confusão. Acho que a vida é assim, uma mistura de tudo. Quem vê o mundo perfeito, limpo e esterilizado sofre! Tem que ter sujeira sim, tem que ter barulho, sim, tem que ter confusão. Eu uso isto para tudo na minha vida. O Mundo não é perfeito, as pessoas não são perfeitas e assim é a realidade da gente! Bangkok é cheia de vida nesse sentido. A Tailândia, embora sua história não seja muito antiga, tem uma cultura linda de ser estudada porque é uma mistura de várias outras e me impressiona a facilidade que o país tem em absorver influências externas, inclusive a ocidental. Estes dois anos aqui foram especiais e sinto pena deixar agora, porque sei que ainda tinha muito para ver e aprender.

Como foi o seu primeiro encontro com a ABT?
Foi através da gracinha da Paty S. Nos falamos por email e ela logo me colocou em contato com a Lea, que foi maravilhosa, um carinho grande já na primeira vez que conversamos por telefone. Após viver seis anos em Portugal, com aproximadamente outros 200 mil brasileiros, não tive nem o cheiro de um calor e carinho como este que recebi aqui da ABT. Ter a ABT na Tailândia e as meninas do grupo é um privilégio, um valor imensurável porque me senti em casa desde o primeiro encontro. E isso fez com que todos aqueles choques que temos ao chegar em um país tão diferente do nosso ficassem mais amenos. Tenho certeza de que sem a ABT teria sofrido muito por aqui.
 
Como você vê sua história de vida no contexto cultural de todos os países em que morou? O que cada um deles te acrescentou?
Todos os países que morei e passei me trouxeram muito conhecimento e modificaram alguma coisa, seja na minha maneira de pensar e ver as coisas como no meu modo de conduzir a vida. Acho importante tentarmos compreender as culturas dos povos por onde passamos e respeita-las. Procurar tirar o que há de bom nelas para nós mesmos é o melhor que podemos fazer na condição de vida expatriada. É gostoso lembrar das cidades por onde passamos sentindo o cheiro delas. Eu sempre lembro de caminhos, passeios ou paisagens por onde andei e fico imaginando quanta gente já não circulou por ali e o que deve ter feito. Quando participei do Simpósio de 500 anos dos Europeus em Siam, no Museu Nacional, vi muito isto: as histórias de quem esteve bem antes por aqui e o que fizeram essas pessoas que contribuíram e aderiram à cultura, isto é fascinante!

O que a ABT significou pra você durante a estada em Bangkok?
O sentimento de estar em casa. Sem a ABT não teria tido metade da alegria que tive. A ABT funciona como uma embaixada, é o território brasileiro para nós aqui, é a nossa casa. Saber que existe este grupo nos deixa muito mais seguras e tranquilas porque sabemos que sempre haverá alguém para nos socorrer, nos ajudar, nos ouvir e claro, rir, rir muito!

Como você avalia a oportunidade de poder ter preparado o Aquarela?
Foi algo muito novo para mim. Eu havia iniciado um pequeno jornal para a linha de produção na Volkswagen e foi uma experiência muito legal porque conheci o chão de fábrica e passou a ser gostoso passar pela linha de montagem e ouvir os peões me chamarem. Então, quando a Verinha me fez o convite fiquei meio assustada, porque não sou escritora, nem redatora e muito menos jornalista, mas achei que podia experimentar. Depois ainda veio o design gráfico e acabei ficando quase um ano sozinha na execução do jornalzinho. Digo, na execução porque tive muita ajuda na redação. A ABT tem colaboradores inspirados. Tem que ser mesmo assim, o jornal precisa ser feito por todos, com a opinião de todos. Bem, ganhei experiência fazendo o design do jornal, o que nunca tinha feito antes, e experiência de redação. O Aquarela virou um bebê, como acho que vira para todas as que passam por ele! Este jornalzinho já é simpático e atraente pelo nome e executar ele é uma delícia, porque dividimos opinião e alegria. Ele é a identidade impressa da ABT aqui! Preciso parar senão eu choro, enfim, o Aquarela foi um dos desafios que encarei e que me trouxe muita alegria. Sou muito grata por terem confiado em mim e estou daquele jeito, sabe, quando temos que passar alguma coisa para outra pessoa e não queremos. Seguramos forte uma ponta e a outra pessoa puxa e puxamos também... estou assim, não quero largar, mas tenho que ir!

Quais os planos (não secretos) para o seu futuro no Brasil?
Ah, por enquanto todos são secretos! Surpresa!

Que mensagem você deixa a quem pensa em ser voluntário da Associação?
Não pense, entre e participe. Ser voluntário no comitê da ABT é saber se doar. É uma doação que algumas vezes dói porque parece que alguns não percebem ou dão valor, mas na maioria das vezes é um prazer tão grande e que nos faz sentir maiores e melhores na vida. Doar o seu tempo, a sua alegria, os seus ouvidos e as suas mãos é o melhor que se pode fazer. Quando nos doamos fortalecemos nossos corações e nos tornamos pessoas melhores e felizes!

Qual o balanço que fica dessa experiência para a vida pessoal e profissional?
Ah, fica um caráter e um espírito muito mais rico, porque embora eu tenha ainda estudado por aqui, o que mais conta é o que foi vivido. Fico muito feliz e me sinto agraciada por poder, em todos os lugares onde passo, realizar alguma coisa, deixar uma marquinha minha e com isto levar amizades novas, crescimento e mais vontade de arriscar. O medo fica menor, o coração fica maior e a vida mais suave! Acho que devemos sempre procurar fazer na vida da gente algo que amamos e tudo o que tenho feito desde que deixei minha carreira executiva - o que também me garante hoje muita segurança em realizar novos projetos - tenho feito com muito amor. Realmente hoje faço o que gosto e coloco toda a minha energia nisso. Quando fazemos o que gostamos e colocamos amor nas nossas ações as pessoas sentem esta energia e ela é passada adiante. Essa vibração faz-nos felizes e as pessoas que interagem conosco também. A filosofia budista traz este conceito de que tudo no universo é energia. É importante pensarmos nisso, porque nós somos pura energia e o nosso universo circula e se modifica conforme o que emanamos.

O que mais te marcou particularmente na experiência de morar na Tailândia?
A comida, os cheiros das ruas - que hoje já não acho tão ruim. E olha que agora eu como muito na rua, adoro uma noodle soup logo de manhã, dá uma força..... A arte que não tem uma história de evolução como a nossa arte ocidental, porque eles preservam e mantêm as técnicas tradicionais. A minuciosidade e a delicadeza que os tailandeses tem ao esculpir, tecer, pintar e até mesmo cozinhar é algo que admiro e que aprendi. Outra experiência fascinante foi o contato com os jovens artistas, principalmente os gráficos e ilustradores. É gostoso ver o que eles estão trazendo de novo para a arte deles, a mistura entre o tradicional rebuscado e o minimal ocidental. Adorei aprender a ler e interpretar os Budas e todas as suas formas e estilos e também a ler os tecidos e as pinturas nos templos.

Patty, nós da ABT seremos eternamente gratas por sua participação tão dedicada e comprometida. Obrigada pelas noites mal dormidas e fins de semana de trabalho. Não existiria Aquarela se não fosse você. Temos certeza de que você continuará brilhando onde quer que vá!!!"

Essa foi uma SUPER ENTREVISTA que foi publicada este mes no JORNAL AQUARELA, editado e publicado (via on line) pela ABT - ASSOCIAÇÃO DE BRASILEIROS NA TAILÂNDIA*, e quem assina a Redação e' a queridissima Marina W., e o Projeto gráfico e diagramação e' da igualmente querida, Simone C.
***

Um comentário

  1. Nota (RC): Uma pessoa "anonima" deixou um Comentario sobre este POST... me reservo no direito de nao publica-lo, posto que o comentario traz um pouco de "magoa" e O SER "MAGOADO" NAO SE IDENTIFICOU, o que nao acho justo para o caso de uma possivel retratacao, ou esclarecimentos. Grata por compreenderem.
    O ESPACO E' ABERTO A "ANONIMOS" DESDE QUE ELES SE IDENTIFIQUEM PELO MENOS PELO NOME/SOBRENOME... entao por que existe? por que algumas pessoas nao gostam ou nao tem "perfis/emails na rede"...
    Bjs!

    ResponderExcluir

"Não permita que tua língua adiante teu pensamento!"
Autor Desconhecido
‎"Fuja do elogio, mas tente merecê-lo"
François Fénelon