QUANDO NÃO SE SABE ENRIQUECER (RC)

Imagem: Google
Quando não se sabe enriquecer.

Parece loucura?
E’.
Mas existe.
A primeira vez que pensei no assunto foi quando li “A PONTE PARA O SEMPRE” de Richard Bach. Quer dizer, li outros livros dele, mas acho que foi nesse que ele contava que NÃO ESTAVA PREPARADO PARA ENRIQUECER.
Se eu não estou falando besteira, e minha memória não esta me traindo (adoro essa expressão), o caso que ele conta e’ mais ou menos assim:

Depois que escreveu FERNÃO CAPELO GAIVOTA e o livro vendou milhares de exemplares, ele continuou sendo quem ele era: um piloto, um aviador de rede particular.
Mas um dia, recebeu uma ligação do seu Editor que perguntava qualquer coisa como “onde depositar os milhares de dólares” que ele ja’  tinha direito pela venda dos Livros... Ele conta que se assustou! Que não imaginava que ficaria rico assim, de um dia para o outro! Que não sabia o que fazer com o dinheiro, tampouco para que mesmo ele servia!
Dai, conta ele, que foi (a época) buscar nos arquivos disponíveis livros que falassem sobre O QUE FAZER AO ENRIQUECER! Mas ele disse que nada encontrou, exceto livros de “COMO ENQUIQUECER”!!!

Gosto dessa história, porque na VIDA EXPATRIADA conheci gente que NÃO SOUBE ENRIQUECER.
Outro dia mesmo (na Série “VIDA EXPATRIADA: COISAS QUE APRENDI) dizia sobre a hipótese do “deslumbre” ou da “negação da melhora-de-vida”.
E’ como se a pessoa tivesse VERGONHA de ter “vencido” , de possuir carro importado (quando na infância nem bicicletinha usada podia ter), de ter casa bonita e arrumada, de poder comprar produtos importados e experimentar novos sabores (e continuar comendo a comidinha de antes... quase que impondo-se uma  penitência), de “ja’ que agora e’ rica” não mudar o jeito de se vestir de antes, para não ouvir ninguém dizer: “ta’ vendo? Nem lembra mais das origens! Virou bacana! So’ usa roupa bonita, agora!” – como se enfeitar-se fosse pecado, fosse negar a pobreza que um dia experimentara.
Sabe o que mais?
Tudo isso e’ medo. Medo danado da opinião do outro. Medo do que ela mesmo sempre pensou dos “bacanas” e por isso não querer ser “um deles”.

O dinheiro não e’ tudo, ja’ dizia o Poeta (que poeta disse isso?). Mas que ajuda, ajuda.
E negar que ele existe, especialmente que existe dentro do seu próprio bolso, e sentir – ao que parece – vergonha dele (tudo que estou falando, claro, na hipótese de ser uma riqueza e um dinheiro limpo, legitimo), na minha modesta opinião e’ um desrespeito com o Cosmos, sabia?

#prontofalei!
(RC)

Protected by Copyscape Duplicate Content Software

3 comentários

  1. Renata, o caso é que muita gente ao ter um pouco mais de dinheiro pensa que pode comprar tudo e ficam arrogantes.

    Como anda o clima por ai?

    Bjos

    ResponderExcluir
  2. É muito bom ter dinheiro, saber usá-lo, não deixar que o poder suba a cabeça.Conheci muitas pessoas que viajei(sou guia acompanhante para o exterior)que não se percebia nadinha que tinham dinheiro(muito), mostravam no respeito com as pessoas, no trato e principalmente humildes.Jamais imaginei conviver com pessoas assim..Mas em compensação outras tem e humilham os demais...
    Paz e bem

    ResponderExcluir
  3. *Renata, estamos tão bombardeados por vários tipos de POBREZA que

    ser rico em QUAISQUER ASPECTOS nos deixa sem jeito, com sntimento

    de culpa ... É vergonhoso, triste, mas é a pura VERDADE !!! :)

    ResponderExcluir

"Não permita que tua língua adiante teu pensamento!"
Autor Desconhecido
‎"Fuja do elogio, mas tente merecê-lo"
François Fénelon