Não uma carta de amor qualquer.
Uma carta de amor a uma amiga. Com um atraso de mais ou
menos 2 anos.
Ela ja’ esteve aqui
nas paginas desse Blog, quando contei a historia das geminhas.
Logo depois que as meninas fizeram um ano, com uma bela
festa que me orgulho de ter participado, ela, também uma esposa e uma mãe
expatriada, precisou retornar a Pátria dela, a Espanha.
Eu estava viajando quando eles deixaram a Tailândia. Enta
não houve despedidas.
No começo achei que isso tinha sido “ate’ bom” porque assim
eu não ia desabar a chorar, etc. Mas hoje vejo que não ter sentido o momento da
partida, me fez ignorar por muito tempo que ela e as crianças não estavam mais
por aqui, no alcance das mãos.
O tempo foi passando e com ele os afazeres do dia nos
engolindo, nos forcando a ir em frente.
E, de repente, quando a gente quer aquele abraco, aquele
sorriso, aquele tao sincero sentimento por você, não estão mais la’.
Quando as meninas fizeram 2 anos, era a hora para reatar os
laços, ligar, enviar email, carta, sinal de fumaça, o que fosse.
Mas mais uma vez eu falhei.
E assim, mais uma vez, o tempo passou e me engoliu ou me
empurrou de novo.
Escrevo então, tardiamente, mas o faco na esperança de ainda
haver tempo...
Pois ainda me lembro exatamente o momento em que abri a
porta da casa, e ela entrou, grandona (alta) e barriguda das gêmeas. E dali,
exatinho, iniciou e cresceu dentro de mim uma ternura e um carinho especiais.
Era alguém que gostava de mim com muita leveza, com admiração e confiança.
Tanto que deixou-me ajuda-la com os bebes recém-nascidos – o
que eu fazia com imensa alegria e honra.
Bem, esta’ dito.
Não ha’ explicações.
E’ claro que a falta
de conexão com a internet, o fuso horário, o trabalho (de ambas) com as
crianças, são apenas alguns elementos perturbadores. Mas não são escusas
suficientes, neste caso. Eu sei. Eu assumo.
Nesta ultima semana, a mercê da famigerada TPM, analisei
algumas coisas, priorizei outras e tomei novas decisões e metas.
Eu espero que ela não tenha desistido de mim.
Que seja pela janela, dessa vez! Não importa!
Porque eu ainda desejo imensamente ter minha querida amiga
de volta na minha vida; ela, que certamente num dos momentos mais importante de
sua vida, confiou em mim e me deu afeto.
Claro, ha’ a distancia que nos separa: eu aqui na Tailândia
e ela la’ na Espanha. Mas, como escreveu Richard Bach, “pode a distancia
separar aqueles que se amam? Se amamos, ja’ não estamos la’?”.
With true Love, to EVA.
Yours, TATA.
Nossa, que linda "carta"! Nem preciso dizer que estou aos prantos aqui... A vida às vezes vai nos engolindo mesmo, e a gente nem se dá conta! Mas concordo que para o amor, não existe esse "tempo"... não existe a distância... e tenho certeza, nunca é tarde!!! Sua amiga, com certeza, irá entender! =)
ResponderExcluirSuper beijo!