VOCÊ É DIFERENTE? ENTÃO LEIA ISTO...

Imagem: GOOGLE

Para reflexão:


Somos todos diferentes 
O mundo contemporâneo é o mundo que celebra a diversidade. Construímos famílias com diferentes configurações, educamos filhos e alunos de todas as maneiras, temos escolas que praticam quase todos os métodos conhecidos (e outros nem tanto), a moda atende a todo o tipo de corpo e gosto etc. Mas a diversidade nos incomoda tanto que acabamos escolhendo o semelhante.
Mesmo sem perceber, nós procuramos o semelhante, o conhecido, o mediano. Evitamos o que escapa à média. 
Queremos ser diferentes, mas como a maioria. 
Os mais novos, que já nasceram no mundo da diversidade, sabem conviver melhor com ela. Mas são impregnados com nossos preconceitos e estereótipos. 
O fenômeno do Bullying, que tem destaque enorme e por isso mesmo foi banalizado, é uma evidência da recusa da diferença. Intimidar aquele que escancara uma diferença é uma maneira de recusá-la, não é verdade? 
No dia 28 de março a Folha publicou o depoimento de uma mãe que tem um filho de 16 anos com necessidades especiais. Um filho diferente da maioria. O depoimento dela deveria tocar a todos nós. Ela nos conta sobre sua dificuldade em encontrar uma escola que aceite o seu filho como aluno. Já conversei com várias mães que vivem a mesma situação. Seja porque o filho apresenta comportamentos que a escola não sabe como trabalhar, seja por ter um estilo de aprendizagem que exige um ensino diferente, essas mães são orientadas a procurar o que chamam de "escola especializada". 
Isso quer dizer que vamos juntar os diferentes para que eles não incomodem os que aparentemente -e só aparentemente- são iguais? E ainda temos a coragem de afirmar que praticamos uma educação que é para todos e que nossas escolas educam para a cidadania? Em pleno século 21, estamos retrocedendo no que diz respeito à educação escolar. Voltamos a uma prática que existiu pelo menos até os anos 1960. Até aquela época, alunos diferentes eram, obrigatoriamente, encaminhados para as consideradas escolas especializadas. Você pode ver uma bela narrativa a esse respeito no filme "Vermelho Como o Céu". Esse filme conta a vida de um garoto que ficou cego aos 10 anos e, por isso, foi encaminhado a uma escola que só atendia alunos com deficiências visuais. Munido de muita indignação e coragem, o garoto recusou a segregação e construiu uma trajetória nessa escola que a obrigou a ver o que o garoto, cego, conseguia enxergar. 
Quando olhamos para o diferente e só conseguimos localizar a diferença, acabamos por anular todo um potencial. De convivência, inclusive (*).
Esse filme foi baseado na história real de vida de uma pessoa que se tornou um renomado profissional de som do cinema italiano. Imaginem o que teria sido a vida dele se ele tivesse se conformado com a escola especializada... Precisamos ter a mesma indignação e a mesma coragem mostrada pelo protagonista do filme para que nossas crianças e nossos jovens que são diferentes, ou melhor, que mostram de imediato uma diferença, possam ter a mesma oportunidade que seus pares. Eles precisam viver no mundo como ele é, viver nos mesmos espaços públicos que todos, inclusive o espaço escolar, e conviver com todo tipo de pessoa, não apenas com aqueles que também portam diferenças aparentes. 
Todos somos diferentes. Se não respeitarmos as diferenças, se não aprendermos a conviver com a diferença, isso recairá, uma hora ou outra, contra nós e contra nossos filhos. ROSELY SAYÃO FOLHA DE SP - 10/04/12
(*) ISTO VALE CERTINHO PARA A CHAMADA ´´VIDA EXPATRIADA´´.

Direto do Mural da querida amiga e leitora Cleide C. Obrigada, queridona, por compartilhar concosco esta excelente Matéria. Meu beijo.
(RC)

0 comentários:

Postar um comentário

"Não permita que tua língua adiante teu pensamento!"
Autor Desconhecido
‎"Fuja do elogio, mas tente merecê-lo"
François Fénelon