Republicação de 19 de julho de 2009.
Eu estava na beira do mar numa ilha da Tailândia, totalmente a vontade (a gente nunca fica realmente a vontade numa praia do Rio de Janeiro, por exemplo... não é?), bem, sentada na areia de pernas abertas, brincando de cavar buracos e fazer castelos com minhas três crianças, enquanto meu marido tentava descobrir o que eu gostaria de ganhar de aniversário (que se aproximava dali a alguns dias).
A menina ficou brincando conosco, a ponto de meu marido entrar no mar com nossos filhos e "ela" a segurar-lhe a mão, como se "dele" também fosse!
Meu coração gelou! Quer dizer, ardeu! ALI ESTAVA O MEU PRESENTE DE ANIVERSÁRIO!
Perguntei ao meu marido o que ele faria se a moça a tivesse deixado ali, "para nós", ou melhor, "para mim"! Minha pequena respondeu em seu lugar: "que bom mamãe, vamos ficar com ela, quero mais uma irmãzinha para brincar, esta tem olhos e cabelos petos!"
Rapidamente minha cabeça funcionou assim: foi isso! a moça nos observava de longe, viu que éramos (ou parecíamos) uma família feliz, integrada, bla bla bla e decidiu abandonar sua filhinha conosco!
Não era pura insanidade minha. Tudo parecia fazer sentido: naquele momento da abordagem chegou a perguntar se as três crianças eram nossas, e de onde éramos (passava a conhecer, portanto, pelo menos nosso País de origem); e ah! estava com a máquina fotográfica nas mãos quando... SUMIU!
Bem, minha conclusão foi rápida: ela teria DEIXADO A CRIANÇA PARA "NÓS", ESCOLHIDOS PARA PAIS! BINGO!
Vejam: saberia para onde levaríamos a criança (Brasil); poderia ter-nos tirado uma foto, de longe usando o zoom, para que pudesse nos encontrar um dia se precisasse ou quisesse (eu vi uma câmera em sua mão, certo?); poderia pensar: uma família com 3 crianças pode suportar mais uma (são duas meninas, de 4 e 5 anos, poderia herdar-lhes as roupas...). E enquanto minha mente e meu coração ferviam de grata emoção pensando tudo isso ainda lembrei "ótimo! Ja´ tenho a terceira cama no quarto das meninas (era destinada as visitas!)" e me perguntei "como faremos para registrá-la?" e etc, etc, etc! Não conseguia parar de pensar ´´e isso, e aquilo...´´.
Mas no ardor dos meus pensamentos, a moça então "simplesmente apareceu" como dantes: do nada!
E agora, ignorando cruelmente tudo o que ali se passara, naqueles intermináveis minutos, com um "Muito Obrigada" levou embora MEU... QUASE... PRESENTE DE ANIVERSÁRIO...
(RC)
Imagino tua tristeza qd. a mãe voltou p/ buscar a menina!
ResponderExcluirEu e marido queremos adotar, sempre no final dá errado, é frustrante!!!
Espero que seu presente de aniversário seja do seu agrado.
Beijos e ótima semana
Audeni
Audeni, esse Processo de Adoção é sempre mesmo muito dificil!
ExcluirRenata, nossa amiga, vc viajou na maionese, como nós falamos.
ResponderExcluirMas imagino a decepcao, já que vc foi tao longe em teus pensamentos.
Já que vcs ou vc deseja tanto uma menina, adote uma. Acredito que vc vai amá-la sem nenhuma diferenca.
Estávamos de férias e depois um montao de roupa pra lavar e passar.
Bjao e...qdo é o niver? O da Viviane foi dia 23.
Georgia, eu já tenho tres filhos. Não estou buscando mais um. Mas é claro que se o destino Divino me trouxer um nos braços, vou acolhe-lo imediatamente. Este POST (como alerto no comecinho dele) é uma REPUBLICAÇÃO de 2009, quando eu tinha acabado de chegar na Tailandia e ainda nao conhecia os hábitos locais (como por exemplo deixar sua criança brincando com desconhecidos...).
ExcluirBeijos!
Oi Renata, eu tb tenho este pensamento. Se uma situacao assim me acontecer vou levar pra casa.
ResponderExcluirObrigada pelas explicacoes.
Tudo bem por ai?
Bjos e um lindo fim de semana